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Resenha: Um gato de rua chamado Bob | James Bowen

[caption id="" align="aligncenter" width="436"] Título: Um gato de rua chamado Bob
Autor: James Bowen
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581631523
Ano: 2013[/caption]

Sinopse


Quando James Bowen encontrou um gato ferido, enrolado no corredor de seu alojamento, ele não tinha ideia do quanto sua vida estava prestes a mudar. Bowen vivia nas ruas de Londres, lutando contra a dependência química de heroína, e a última coisa de que ele precisava era de um animal de estimação. No entanto, ele ajudou aquele inteligente gato de rua, a quem batizou de Bob (porque tinha acabado de assistir a Twin Peaks).



Depois de cuidar do gatinho e trazer-lhe a saúde de volta, James Bowen mandou-o embora imaginando que nunca mais o veria. Mas Bob tinha outras ideias. Logo os dois tornaram-se inseparáveis, e suas aventuras divertidas — e, algumas vezes, perigosas — iriam transformar suas vidas e curar, lentamente, as cicatrizes que cada um dos dois trazia de seus passados conturbados.

Um Gato de Rua Chamado Bob é uma história comovente e edificante que toca o coração de quem a lê.


Resenha


James Bowen teve seus problemas com as drogas e por isso achava que sua vida seria “mais uma”. Morava em Londres e trabalhava tocando nas praças e nas ruas, quem olhasse para ele poderia muito bem dizer “Para esse cara, não tem jeito”. A história começa quando James encontra um gatinho na porta do apartamento de um vizinho. O gato tem um olhar inteligente e astuto e parece ser um gato de rua. James esta passando por uma fase difícil, tentando se ver livre do vício da heroína e tocando em praças para ganhar o seu sustento. James nunca foi responsável por ninguém e não se acha muito capaz de cuidar do felino, mas fica tocado pelo jeito de ser de Bob e resolve lhe dar um teto, pelo menos por um tempo.

“A lâmpada fluorescente no corredor estava queimada e parte do térreo

estava imersa na escuridão, mas, enquanto caminhávamos para a escada, não

pude deixar de notar um par de olhos brilhantes nas sombras. Quando ouvi um

miado suave e ligeiramente melancólico, percebi o que era.

Chegando mais perto, à meia-luz, vi um gato laranja enrolado sobre o

capacho de um dos apartamentos do andar térreo, no corredor que partia do

corredor principal. Cresci em meio a gatos e sempre tive certa queda por eles.

Ao me mover até ele para olhá-lo melhor, constatei que se tratava de um macho.”

James não poderia ter um gato, mal cuidava de si próprio... mas como o coração sempre fala mais alto, ele acabou pegando o gatinho e cuidando das feridas dele. No começo Bob se sentia um pouco desconfortável e procurava um lugar em que pudesse ficar tranquilamente. Com Bob, as pessoas pareciam finalmente notar James. Era como se Bob fosse um imã. Foi então que as coisas começaram a mudar da vida do ex-morador de rua. A vida não se tornou mais fácil, pareceu até complicar um pouco mais, mas com Bob, como seu companheiro, a vida ganhava um sentindo novo.
“Ninguém havia conversado comigo nas ruas próximas a meu apartamento em todos os meses em que eu vivera ali. Era estranho, mas também incrível. Era como se minha capa de invisibilidade de Harry Potter houvesse deslizado de meus ombros.”

A amizade que é desenvolvida é um exemplo a seguir, de lealdade e de confiança. É lindo o quanto vemos esse relacionamento se desenvolver.

A narração do livro é fantástica, simples, direta e sem objetivo de ser literária, apenas uma narração de fatos que nos faz crer e perceber o jeito que a vida dá segunda chances.


“Era como se alguém houvesse puxado as cortinas e lançado um pouco da luz do sol em minha vida. É claro que, de certa forma, alguém havia feito isso mesmo.”

O livro nos reserva uma lição tocante sobre a vida e o quanto o amor por alguém (sendo ele humano ou animal) pode influenciar positivamente na nossa vontade de viver e evoluir. James diz no começo do livro que a vida é cheia de segundas chances, de oportunidades que nos são dadas todos os dias, mas que costumamos não vê-las, ou ignorá-las, uma verdade na qual acredito, e que, às vezes costumo esquecer.


“Estava realmente tentando ganhar a vida. Só porque não estava usando um terno e uma gravata e carregava uma pasta ou um computador, só porque não tinha um holerite e os documentos de rescisão de trabalho, não significava que estava vivendo à custa dos outros.”

Recomendo este livro a todos que gostam de gatos, e àqueles que têm um bichinho de estimação e sabe quão importantes e influentes eles podem ser em nossas vidas. A história é inspiradora e tocante!



"Bob é meu melhor amigo e foi quem me guiou em

direção a um modo de vida diferente — e melhor. Ele não exige nada de

complicado ou irreal em troca. Só precisa que eu cuide dele. E é isso que eu

faço."


                                   

https://www.youtube.com/watch?v=GuxGVS6Syqo

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